Cronograma 2021
Caso você queira informações sobre o Prêmio Abrapcorp/ABRP de Trabalhos Aplicados, que será realizado em dezembro de 2021, acompanhe as informações no site Abrapcorp.
– 01 de fevereiro a 15 de março: inscrição e submissão no Prêmio Abrapcorp de Teses, Dissertações e Monografias.
– 16 de março a 12 de maio : avaliação dos trabalhos.
– 15 de maio: divulgação dos finalistas dos Prêmios Abrapcorp 2021.
– 25 de maio: prazo máximo para pagamento das inscrições dos autores de trabalhos aprovados e finalistas dos Prêmios Abrapcorp 2021.
– 07 a 11 de junho: apresentação dos finalistas durante o XV Congresso Abrapcorp.
Cuidados Clínicos de mulheres na meia idade - Recomendações NAMS
Em comemoração ao 25º aniversário da Sociedade Norte Americana de Menopausa (NAMS), a Sociedade elaborou um conjunto de pontos-chave e recomendações clínicas para o atendimento de mulheres de meia-idade que será publicado na edição de outubro da revista da Sociedade, Menopause. No entanto, você pode ler esta publicação emocionante, “Recomendações da NAMS para os Cuidados Clínicos de Mulheres na meia-didade”.
Neste momento especial na história da Sociedade, queríamos oferecer um guia sucinto para a melhoria da compreensão e gestão da saúde das mulheres. Além de cobrir os principais tópicos tais como sintomas vasomotores, osteoporose e saúde vulvovaginal, este guia inclui informações e recomendações para o cuidado em mais de 50 tópicos importantes. Cada tópico é escrito por um especialista na área, incluindo a Ginecologia, Medicina interna, Endocrinologia médica e reprodutiva, Cardiologia, Neurologia, Psiquiatria, Psicologia, Dermatologia e Oncologia.
Esperamos que estas recomendações baseadas em evidências seja um recurso valioso de informação e divulgue a missão da NAMS de promover a saúde e a qualidade de vida de todas as mulheres durante a meia-idade ou mais.
Clique aqui e acesse o artigo completo
Jan L. Shifren, MD, NCMP
President,
2013-2014 Board of Trustees
Hormônios Bioidênticos
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Dessa forma, Uma delas é a reposição hormonal.
Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.
Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. “Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano”, afirma.
De acordo com a Dra. Ruth Clapauch*, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. “Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras”, afirma. Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. “Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas para comercialização”, afirma.
A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal “customização”, é praticamente impossível de ser alcançada “porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas”. Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.
A especialista concorda com o texto. “Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados”, afirma. “Com hormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias”, completa.
Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. “Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química”, alerta a Dra. Ruth.
(*)Dra. Ruth Clapauch
Formação
Residência médica + curso de especialização em Endocrinologia (IEDE)
Título de especialista em Endocrinologia
Mestrado (UFRJ) e Doutorado (UERJ)
Professora de pós graduação em Endocrinologia
Atualmente é vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia, já tendo sido presidente deste Departamento em 2 gestões
Membro da Comissão de Educação Médica Continuada da SBEM
Autora de diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre reposição hormonal
Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal do Climatério da SOBRAC 2024
Seis anos após o último Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa, apresentamos a nova edição, agora intitulada Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal do Climatério 2024 da SOBRAC.
A velocidade crescente do conhecimento sobre o assunto motivou as mudanças tanto na forma quanto no conteúdo dos capítulos contidos nesta obra, que visa fundamentalmente trazer orientações práticas, claras e objetivas para o dia a dia do profissional que atua nessa importante área do conhecimento, baseadas nas melhores evidências.
Revisamos os temas mais palpitantes, aprofundando-os e acrescentando novos enfoques sob a ótica crítica, além de agregar aspectos de pertinência em que o juízo clínico deve prevalecer. Ainda, novidades e tendências foram abordadas para que estejamos atualizados com o que estão por vir no manejo clínico das mulheres que atingem esse importante período de vida.
Cada capítulo foi preparado por um ou mais relatores, responsáveis pela elaboração do texto, valendo-se de minuciosa análise da literatura médica. Ao final de cada capítulo constam conclusões inicialmente propostas pelos autores. Posteriormente, cada capítulo foi analisado de forma cega por revisores distribuídos aleatoriamente, que realizaram intervenções no texto e, ainda, classificaram cada conclusão com grau de concordância objetivo. Após o exaustivo trabalho, retornaram os capítulos para nova análise dos editores, responsáveis pela elaboração do documento final.
Dessa forma, não podemos deixar de ressaltar nossos mais profundos agradecimentos ao grupo de relatores e revisores, responsáveis pela garantia de qualidade desse tão esperado Consenso.
Por fim, conhecedores da enorme responsabilidade, reforçamos nosso compromisso na promoção, auxílio e orientação dos colegas na tomada de decisões apropriadas, seguras e baseadas nas melhores evidências para a atenção às mulheres brasileiras no climatério.
Rogério Bonassi Machado
Luciano de Melo Pompei
Lucia Helena Simões da Costa Paiva
Nilson Roberto de Melo
Maria Celeste Osório Wender
César Eduardo Fernandes